A Gestalt-terapia, cujo principal fundador foi o médico psiquiatra alemão F. Perls, surgiu na década de 1950, nos Estados Unidos, e chegou ao Brasil na década de 1970. Trata-se de uma das abordagens das psicologias, tendo várias influências, entre elas o Zen-budismo.
É uma psicoterapia vivencial que considera as emoções presentes, focando no aqui-e-agora, o que faz sentido no momento presente, sem interpretações pelo psicoterapeuta, mas sim, consiste em que a própria pessoa dê um novo significado às situações e sentimentos que geram desconforto emocional.Em geral, somos educados para evitar e negar nossas emoções, sensações e necessidades, isso nos faz adoecer, porque não estamos sendo fiéis e autênticos a nós mesmos.
A dificuldade em dizer não, medo, tristeza, raiva, dificuldade ou impossibilidade de se expressar, sentimento de rejeição, frustração, entre outros, são em geral estados emocionais que levam o corpo a se manifestar demonstrando o sentimento da emoção oculta.
A abordagem da Gestalt-Terapia utiliza técnicas que facilitam o encontro da pessoa consigo mesma, o “dar-se conta”, a capacidade da pessoa perceber o que está acontecendo dentro de si mesma, no mundo que a rodeia, e como ela reage.
O objetivo da Gestalt-Terapia é resgatar a harmonia e o bom funcionamento do organismo, tanto no aspecto emocional como no físico. Para F. Perls, o viver harmônico implica em prestar atenção em nossas necessidades e na medida do possível, tentar satisfazê-las.
Portanto, a proposta é uma psicoterapia de contato, através de uma relação dialógica que visa uma ampliação da conscientização, integração da personalidade. O aumento doautoapoio que implica na autoaceitação, autovalorização e autoconfiança, desenvolvendo a própria individualidade e aprendendo a confiar em seus próprios recursos, objetivando uma relação mais saudável e construtiva consigo mesma e com as outras pessoas significativas.
Enfim, a Gestalt-terapia promove novas formas de perceber a vida, onde nada é definitivo, existem sempre possibilidades a serem exploradas e escolhas novas a serem feitas. A aceitação genuína da nossa forma de funcionarnos permite enfrentar as situações com mais criatividade e mais leveza, com a certeza de que sempre fazemos o melhor naquele momento.
PERLS, F. A abordagem gestáltica e testemunha ocular da terapia. Rio de Janeiro : Zahar Editores, 1977.
PERLS e outros. Isto é Gestalt. Summus: São Paulo, 1977.
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